Rinoplastia

A aparência do nariz é responsável por grande parte da harmonia facial, já que está localizado no centro do rosto. Em casos de descontentamento do paciente, a cirurgia do nariz, ou rinoplastia, é indicada para restaurar o equilíbrio da aparência da face. Atualmente, o cirurgião pode reduzir ou aumentar o tamanho do nariz, alterar a forma da ponta e do dorso, diminuir o tamanho das narinas, afinar a ponta e alterar o ângulo entre o nariz e o lábio superior. No entanto, o mais importante é adequar o formato do nariz às características individuais da face de cada paciente. A rinoplastia pode corrigir tanto defeitos de nascença quanto sequelas de traumatismos ou rinoplastias prévias, ajudando a resolver problemas respiratórios, como desvio de septo, por exemplo. Para esse procedimento, a anestesia costuma ser geral, mas pode ser local ou por sedação, a depender do caso. A cirurgia dura em média 3 horas e requer internação de 12 a 24 horas.

Dr. Acrysio Peixoto, Cirurgião Plástico, formado em Medicina pela Universidade Serra dos Órgãos, em Teresópolis. Membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, ele aprimorou suas habilidades por 8 anos de estudos intensivos, incluindo residências em Cirurgia Geral, Video Cirurgia, Cirurgia Plástica e Cirurgia Craniomaxilo-facial.

 

Reconhecido como Especialista pela SBPCP, única entidade autorizada pelo CFM a conceder o título nacional de especialista em Cirurgia Plástica. Sempre atualizado com as técnicas mais recentes, Dr. Acrysio traz inovações para seus pacientes.

 

CRM 52.81815-1.

Objetivos da rinoplastia

A respiração nasal é imprescindível para o correto desenvolvimento do esqueleto facial durante o crescimento da criança. Na primeira infância nosso sistema imunológico não é completamente formado, assim sendo muito frequentes os casos de inflamação e de infecção das vias aéreas superiores, podendo atingir amídalas, adenóides e os cornetos nasais. Sendo impossibilitada da respiração nasal, a criança assumirá a respiração bucal ou a respiração mista (bucal e nasal). A respiração bucal se tornando crônica, o crescimento facial será alterado, comprometendo a oclusão dental, impedindo o desenvolvimento adequado dos seios paranasais e assim causando os desvios do septo nasal, até o surgimento da giba ou corcova do dorso do nariz.

Os elementos estruturais, ósseos e cartilaginosos, do nariz são interconectados por ligamentos (estruturas fibrosas). Durante a rinoplastia, estes ligamentos são seccionados ao se realizar o tratamento das estruturas que irão ser modificadas ou reduzidas melhorando a estética nasal. Apenas recentemente os cirurgiões plásticos perceberam a importância das conexões ligamentares para manutenção de bons resultados após a rinoplastia e todo e qualquer procedimento cirúrgico, ocorre um fenômeno denominado contração cicatricial que perdura por alguns meses, mas pode comprometer até mesmo um ótimo resultado conseguido ao final da cirurgia. A Rinoplastia Estruturada consiste em respeitar ao máximo os ligamentos nasais e, sendo necessário, reforçar as estruturas originais com enxertos de cartilagem do próprio paciente com dificuldades respiratórias.

O resultado pós-operatório de uma rinoplastia não estruturada pode evoluir para perda de projeção ou desvio da ponta nasal em médio ou em longo prazo. Mesmo que o cirurgião não tenha reduzido as cartilagens locais, a contração cicatricial exerce uma força mais intensa do que arcabouço estrutural original pode resistir e progressivamente a ponta nasal perde sua projeção ou sofre desvios indesejáveis.
Para evitar ou mesmo corrigir os desvios e deformidades da ponta nasal, deve-se aplicar um enxerto de cartilagem denominado estaca ou ‘strut columelar’, a ser fixado entre os ramos mediais das cartilagens alares, na região da columela.

Alguns pacientes apresentam a porção lateral da ponta nasal (asa do nariz) originalmente frágil ou enfraquecida depois de uma rinoplastia. Estes pacientes podem se queixar de dificuldades respiratórias ao exercício, quando as narinas se fecham durante a inspiração forçada.Em casos mais graves, o colapso respiratório pode se apresentar mesmo durante a respiração em repouso ou durante o sono. Este quadro recebe o nome de incompetência da válvula nasal externa.

Pessoas com respiração bucal, na fase adulta, apresentam colapso do arcabouço cartilaginoso do terço médio, que é um dos fatores responsáveis pela continuidade da respiração bucal. Outros pacientes passam a apresentar estreitamento do terço médio depois da redução da giba, realizada durante a rinoplastia, com queixa de piora da respiração, passando a apresentar períodos de respiração bucal. Tanto os pacientes respiradores bucais como os pacientes com queixa respiratória pós-rinoplastia são portadores de incompetência da válvula nasal interna.

Respiração bucal precoce, apresentada desde a primeira infância, além do estreitamento da cúpula cartilaginosa do terço médio, o paciente apresentará pouca ou nenhuma tensão de abertura da válvula nasal interna, que chamamos de efeito-mola. Além do alargamento do terço médio, ele pode se beneficiar ainda mais com uma técnica mais elaborada hoje denominada ‘spreader flap’ (retalho alargador ou expansor), também conhecida como ‘bending technique’, ‘spring technique’ ou simplesmente técnica da mola, que melhor explica seu objetivo.

Algumas pessoas apresentam a base da pirâmide óssea nasal alargada e desejam estreitá-la para ficar em harmonia com a face. Outros pacientes apresentam desvios do septo nasal de maior intensidade que levam também ao desvio da pirâmide óssea. Certos casos de desvios ósseos são decorrentes de traumatismos com fratura do nariz. Para estreitamento da pirâmide óssea ou mesmo para correção de seus desvios laterais, temos que separar o arcabouço ósseo do nariz do esqueleto facial. Isto é realizado durante a rinoplastia com uso de pequenos cinzéis ou formões denominados osteótomos.

Principais dúvidas sobre o procedimento

Os seguintes fatores são importantes:
1. Formação: procure saber em qual universidade/hospital ela foi realizada.
2. Especialização: por tratar-se de uma cirurgia complexa, investigue se o médico é especialista em rinoplastia.
3. Sociedades: o médico é membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica? Caso seja um otorrinolaringologista, o mesmo também deve ser bem formado.
4. Currículo: participação em Congressos, apresentação de trabalhos sobre esta cirurgia.
5. Local da Cirurgia: Onde o médico opera? Procure médicos que operam em hospitais e/ou clínicas que ofereçam total segurança.
6. Resultados: Procure pacientes que o médico já operou e pergunte sobre o grau de satisfação com o resultado e o tratamento.
 
Recentemente, com a popularização da Internet, surgiram sites onde constam informações sobre a rinoplastia estruturada. Muitos utilizam estratégias de marketing agressivas e anunciam especialistas em rinoplastia estruturada, visando angariar clientela e a autopromoção ao invés de priorizar a informação ao leitor. Por isso, é fundamental que o paciente escolha o médico somente após uma minuciosa análise do currículo e especialmente após realizar uma consulta formal com o cirurgião. A realização da cirurgia com médicos sem a formação adequada em rinoplastia estruturada pode trazer graves transtornos e complicações que podem ser impossíveis de corrigir.

Acreditamos ser fundamental escolher um profissional que saiba realizar tanto a parte funcional quanto a estética, pois não faz sentido operar com alguém que não entenda ou saiba tratar uma das duas partes. Se o profissional é cirurgião plástico ou otorrinolaringologista, isto pouco importa. O que importa é ter a capacidade de oferecer ao paciente um nariz bonito e que funcione!

O membro “especialista” quer dizer que o cirurgião terminou a residência em cirurgia plástica e foi aprovado na prova de título de “especialista em cirurgia plástica” pela Sociedada Brasileira de Cirurgia Plástica. Isto é obrigatório para todos que terminam a residência, se quiserem ingressar na Sociedade. Após 2 anos, o cirurgião pode apresentar um trabalho científico e tornar-se “titular”. Não existe a categoria “especialista em determinada cirurgia”, como muitos pensam. O que existe são médicos que se dedicam mais a uma determinada cirurgia e são portanto reconhecidos pelos colegas e/ou comunidade científica como “especialistas numa determinada cirurgia”.

A cirurgia de nariz deve ser feita a partir dos 16/17 anos, quando as estruturas ósseas e cartilaginosas do nariz e da face estão plenamente desenvolvidas. Além disso, os pacientes possuem melhor estrutura emocional para lidar com a mudança de aparência proporcionada pela cirurgia de nariz ou rinoplastia.

Atualmente, é fundamental tentar produzir um nariz “individualizado”, que combine naturalmente com a face e a etnia do paciente. Por isso, antes da cirurgia, um bom especialista em rinoplastia deve realizar estudos matemáticos detalhados das proporções do nariz em relação à face de cada paciente e criar o planejamento cirúrgico baseado nestes resultados e no senso estético. Este sistema de análise/planejamento evita a produção do “mesmo nariz para todos os pacientes”, uma queixa antiga em pacientes submetidos a esta cirurgia pela técnica tradicional. Atualmente, desenhos ou simulações computadorizadas podem ser usados para mostrar ao paciente o que deve ser corrigido e como isto pode ser feito. Por questões de ética, o paciente deve ser informado de que estas ferramentas são apenas educativas e que não constituem uma promessa em relação ao resultado. Os desenhos aprovados pelo paciente devem ser levados à sala de cirurgia, servindo como referencia para o cirurgião realizar a cirurgia. Este sistema pode estabelecer uma boa sintonia entre o cirurgião e o paciente, podendo oferece resultados cada vez mais naturais e podendo minimizar a chance de insatisfação estética após a cirurgia.

A procura pela cirurgia de nariz / rinoplastia não é tão grande quanto a lipoaspiração e a inclusão de implantes mamários, que são os procedimentos mais populares atualmente no Brasil. A maioria dos pacientes são adultos jovens. O interessante é que o número e/ou proporção de homens que procuram esta cirurgia tem aumentado ao longo dos anos em relação às mulheres. Mas a procura entre os adolescentes é grande, pois é neste momento que ocorrem mudanças significativas de personalidade.

Uma cirurgia de nariz / rinoplastia bem executada pode melhorar a harmonia facial de forma significativa, oferecendo uma boa melhora na autoestima. A maioria dos pacientes se sente mais confiante nas relações profissionais e sociais. Em pacientes que procuram o médico queixando-se de problemas respiratórios, existe uma notável melhora na qualidade de vida quando a cirurgia consegue reestabelecer a integridade das vias aéreas. Porém, o paciente não deve acreditar que a cirurgia de nariz irá resolver problemas emocionais.

Os pacientes devem saber que não existe nariz perfeito. Todos possuem defeitos que seriam facilmente apontados por um especialista nesse tipo de cirurgia. Por isso, o paciente deve encarar a cirurgia como uma maneira de MELHORAR o formato do seu nariz. Portanto, o resultado deve ser analisado como um todo- se o paciente analisar cada milímetro do nariz operado ficará extremamente estressado após a cirurgia! A perfeição nesta cirurgia pode até ser atingida, mas é pouco provável, pois se trata de uma cirurgia muito difícil e cujo tecido de cicatrização não está sob o controle do cirurgião. A grande inimiga desta cirurgia é a fibrose que se forma após a cirurgia e que tende a puxar as cartilagens e/ou gerar deformidades de contorno. Por isso, é muito importante que o médico saiba utilizar as técnicas corretas para evitar o efeito deletério desta fibrose. Mas mesmo assim há risco do resultado ser desfavorável se o corpo responder de uma forma inesperada!

A cirurgia de nariz (rinoplastia) moderna tem como princípio básico a construção de um nariz bonito e funcional. Em outras palavras, a manutenção da função respiratória deve ser uma prioridade absoluta. Nesta cirurgia, as cartilagens e ossos que formam o esqueleto do nariz são esculpidos de acordo com as características do nariz e da face do paciente. Quase sempre é necessário utilizar enxertos de cartilagem, retirados do próprio nariz, costela ou da orelha, para corrigir as alterações de contorno e fortalecer o esqueleto remanescente. Em casos onde há dificuldade respiratória, pode ser necessário corrigir desvios do septo nasal e das outras estruturas que formam as vias responsáveis pela passagem do ar. A rinoplastia pode ser realizada de forma “aberta” ou “fechada”, conforme a preferência do cirurgião e as características do nariz a ser operado.

O médico deve tomar muito cuidado com pacientes portadores de depressão e outras doenças mentais, pois estes podem ter distúrbios de autoimagem que podem tornar o tratamento um desastre. Isso é especialmente importante em rinoplastia, pois 20% das pessoas que procuram esta cirurgia possuem dimorfismo corpóreo (doença psiquiátrica que faz com que a pessoa nunca esteja satisfeita com o seu corpo). Na cirurgia plástica geral, este índice é de 5%. Portanto, pacientes com dimorfismo corpóreo ou depressão só devem ser operados após a liberação do psiquiatra e após uma rigorosa avaliação por parte do cirurgião em relação às expectativas de resultado, etc. Realizar a cirurgia em pacientes sem estes cuidados pode gerar grande insatisfação para o cirurgião e o paciente.

Nenhum convênio cobrirá os custos de uma rinoplastia puramente estética. Caso haja problemas funcionais (que devem ser documentados através de exames apropriados), alguns convênios arcam com os custos desta parte da cirurgia. Isto geralmente corresponde a 50% dos custos do hospital. Há ainda convênios que oferecem determinados reembolsos aos pacientes pela parte funcional da cirurgia.

Isto varia de acordo com a conduta do médico. Recomenda-se a realização de um RX de tórax, Eletrocardiograma, exames de sangue (hemograma, coagulação, eletrólitos, função renal, etc.) e uma Tomografia Computadorizada dos ossos nasais e seios da face se houver sintomas respiratórios.

O paciente não deve tomar Aspirina, Arnica ou qualquer erva por 14 dias antes da cirurgia. Estas substâncias são anticoagulantes e podem causar grandes sangramentos durante a cirurgia. Após a cirurgia, a Arnica até pode ser usada após 3-4 dias da cirurgia, quando o risco de sangramento é significativamente menor. Porém, muitos médicos acreditam que o risco de sangramento não vale a pena, já que os anti-inflamatórios e uma boa fisioterapia funcionam tão bem quanto a Arnica, mas sem o risco. Apesar da controvérsia, ainda há colegas que receitam Arnica.

A realização de uma segunda rinoplastia depende do grau de insatisfação do paciente, que deve lembrar que nenhum ser humano possui um nariz perfeito e que a segunda cirurgia é sempre mais difícil do que a primeira. Inclusive, o nariz pode ficar com uma aparência pior se a técnica correta não for utilizada e/ou o corpo responder de uma forma imprevisível. Portanto, o paciente deve realizar a cirurgia somente com um especialista em rinoplastia e se estiver muito incomodado com o defeito. Se for apenas um incômodo leve, talvez seja melhor não operar!

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    Dr Rodrigo Macieira Morales

    Cirurgião Plástico

    CRM:52 99.195-3 - RQE: 36688

    Médico graduado na Universidade Gama Filho
    Residência em Cirurgia Geral no Hospital Federal Cardoso Fontes
    Residência em Cirurgia Plástica no Hospital Federal da Lagoa
    Membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica

    Dr. Paulo De Bellis

    Cirurgião Plástico

    CRM: 52 75.446-3

    Formado em Medicina pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
    Residência médica em Cirurgia Geral no Hospital do Andaraí
    Especialização em Cirurgia Plástica pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) Membro Associado da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) e da Associação Brasileira de Cirurgia de Restauração Capilar (ABCRC).

    Dr. Bruno Serradeira

    Cirurgião Plástico

    CRM: 52 90.020-6 - RQE: 46416

    Formado em Medicina pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ)
    Residência médica em Cirurgia Geral no Hospital Federal Cardoso Fontes
    Residência médica em Cirurgia Plástica pelo HFAG
    Membro especialista da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica – SBCP

    Dr. Marcos Evandro Rodrigues de Almeida

    Anestesista

    CRM: 52 62.205-2 - RQE: 7186

    Médico graduado na Universidade de Nova Iguaçú
    Residência médica em Anestesiologia no Hospital Universitário Celso Pierro da Pontífice Universidade Católica de Campinas – PUCCAMP
    Título de Especialista em Anestesiologia TEA – SBA e pelo Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro – CREMERJ

    Dr. Alexandre de Araujo Pinto

    Anestesista

    CRM: 52 57.660-3 - RQE: 16861

    Médico graduado na Faculdade de Medicina Souza Marques
    Residência Médica em Anestesiologia no Hospital Universitário Pedro Ernesto – UERJ
    Título de Especialista em Anestesiologia pela Sociedade Brasileira de Anestesiologia – TEA-SBA e pelo Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro – CREMERJ
    Título Superior de Anestesiologia pela Sociedade Brasileira de Anestesiologia – TSA-SBA